Quando o jovem está realizando um curso técnico ou mesmo superior, a possibilidade de fazer estágio é considerada uma oportunidade de entender aquela profissão na prática e ter um primeiro contato com a área.
Para ajudar o jovem a pensar nessa possibilidade, separamos algumas informações fundamentais para entender qual o alcance do estágio, como ele funciona e quais são seus benefícios, pontuando os diferenciais para o estudante. Leia nosso texto e saiba mais!
Como funciona o estágio no Brasil?
No Brasil, a Lei do Estágio vigora desde 2008, pontuando o período como um processo de aprendizado e desenvolvimento profissional supervisionado, direcionando o estudante para empresas e instituições no mercado.
Nela, fica definido que a empresa contratante não estabelece um vínculo empregatício com o estagiário — ou seja, não é obrigada a oferecer benefícios e condições como o contrato CLT. Porém, há uma série de deveres, como:
- assinar um termo de compromisso que será validado pela instituição de ensino;
- oferecer tempo de permanência máximo de 1 ano com chances de renovação para 2;
- direcionar as férias do estagiário para 30 dias após permanência de um ano;
- formalizar um seguro contra acidentes pessoais;
- trabalhar com um bom ambiente para aprendizado e desenvolvimento do aluno;
- direcionar e oficializar um funcionário para atuar como supervisor do estagiário, auxiliando-o nos processos do dia a dia.
Com isso, o estagiário pode buscar tanto estágios obrigatórios quanto não obrigatórios, atentando-se às exigências do curso e às necessidades individuais para aprimorar sua experiência profissional.
Quais as diferenças entre os tipos de estágio?
Ao decidir fazer estágio o estudante pode pesquisar por oportunidades de estágio obrigatório ou não obrigatório, também conhecidos como curricular e extracurricular, respectivamente. Isso varia de acordo com o curso. Saiba mais sobre cada uma dessas modalidades!
Estágio obrigatório
O estágio obrigatório ou curricular geralmente é direcionado para alunos já no final do curso, exigindo atividades pré-determinadas descritas no programa e uma carga horária mínima para conclusão.
Neles, há um acompanhamento regular de supervisores da mesma área de formação e orientação do estagiário quanto às atividades desenvolvidas, além do registro dessas atividades pelo supervisor e, se necessário, encaminhamento para a instituição de ensino.
Estágio não obrigatório (extracurricular)
Diferentemente da categoria anterior, o estágio não obrigatório não exige uma quantidade mínima de horas realizadas, assim como o registro de atividades ou controle pela instituição de ensino.
Porém, ainda deve ser relevante para a carreira do aluno e oferecer atividades que se relacionem com a área estudada, contribuindo para a experiência e formação final.
Essas duas possibilidades podem ser oferecidas tanto por micro e pequenas empresas, quanto por multinacionais, ONGs, instituições do estado, hospitais, laboratórios e uma série de setores que trabalham com programas de estágio recorrentes ou oferecem vagas pontuais para início da carreira.
Um exemplo é a Conhecer Escola Técnica, que, além de oferecer cursos técnicos, trabalha com oportunidades de estágio gratuito, ajudando o aluno a complementar sua formação, com parcerias nos melhores hospitais e clínicas de Belo Horizonte e região.
Quais são os benefícios de fazer estágio?
Qualquer que seja a modalidade do estágio, ele traz benefícios para o aluno, com pontos que influenciam o início de sua carreira, seu desenvolvimento pessoal e mesmo o entendimento sobre a amplitude da área de estudo.
Destacamos 5 benefícios para o jovem que busca se aprimorar e aprender cada vez mais. Confira!
1. Contato com a área
O estágio geralmente é a primeira experiência do estudante no mundo do trabalho. Antes, a rotina era baseada nos estudos e atividades externas, até o momento em que a atuação em uma empresa se faz necessária.
Com isso, ele descobre como o conteúdo estudado é usado na prática, como os profissionais aplicam essas questões e quais as rotinas de trabalho. Afinal, mesmo que alguns cursos ofereçam aulas práticas, a rotina de uma instituição de ensino é diferente do dia a dia de uma empresa.
2. Networking
Além de entender melhor sua área de atuação, é possível conhecer outros profissionais do ramo, formando ótimas referências para o desenvolvimento da carreira e construindo um bom networking.
Com isso, além de ótimas relações, é possível manter contato com colegas que, futuramente, podem ajudar com propostas de empregos efetivos, recomendações ou mesmo aconselhamento e direcionamento para oportunidades interessantes para seus projetos profissionais, ajudando a construir estabilidade e a apresentar trajetórias possíveis na carreira.
3. Conhecimento das possibilidades na carreira
Dentro da rotina da empresa, o estágio geralmente é direcionado para uma das possibilidades de atuação da área de estudo, mostrando como aquela vertente é aplicada.
Assim, o estagiário consegue identificar se aquela é realmente a especialização que realmente busca ou se a prática não corresponde às suas expectativas. Assim, ele pode direcionar seus estudos para outra especialidade dentro da área ou até mesmo mudar para outro setor de conhecimento.
Como o estágio é focado em aprendizado e desenvolvimento profissional, é uma ótima oportunidade para tirar dúvidas em relação à área de atuação, sentindo “na pele” como é trabalhar naquele setor.
4. Familiaridade com a rotina de uma empresa
Além de todos os diferenciais voltados à área de estudo, fazer estágio ajuda a entender como funcionam as instituições e qual a rotina de trabalho, entendendo essa realidade antes de estabilizar a carreira.
Outro ponto é a possibilidade de entender a diferença entre trabalhar em empresas privadas, públicas ou ONGs, bem como em pequenas ou grandes empresas, ou até mesmo de formas autônomas, dependendo da profissão. Assim, o estagiário conhece os pontos de divergência e encontra o espaço de atuação mais adequado ao seu perfil.
5. Desenvolvimento de habilidades
Por fim, não há como negar que o estágio ajuda a desenvolver as habilidades do aluno, indo além das questões específicas da área e abordando pontos como:
- habilidades interpessoais, interações diversas, diálogos, formas de falar em público etc;
- contato com hierarquias diferentes na empresa, formas de tratamento;
- atendimento ou trabalho direto com o cliente;
- contato com pacientes, quando se trata da área de saúde;
- ação em situações de pressão, que exigem rapidez e agilidade;
- pensamento crítico para avaliar situações que envolvem os funcionários ou a empresa.
Todos esses pontos podem ser complementados de acordo com a área de atuação, local e contato com outros profissionais. Assim, investir tempo e esforço na busca por boas oportunidades pode valer a pena, pois ajuda a encontrar vagas compatíveis com o desejo de atuação futura, necessidades atuais e benefícios oferecidos pela empresa.
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